Quais são as diferenças entre as vacinas contra Covid-19 que estão sendo aplicadas no Brasil?
Vacinar-se é um ato necessário
para a proteção individual e coletiva. Por meio dele, algumas doenças já foram
erradicadas, como a varÃola e a poliomielite. E, apesar de nenhuma vacina ser
100% eficaz, hoje a imunização é essencial para prevenir óbitos, casos graves
da Covid-19 e para conter a pandemia.
Até o presente momento (julho
de 2021), todos os colaboradores do Colégio Objetivo Nova Odessa estão
vacinados com pelo menos uma dose da vacina contra o covid-19. Até o mês de
setembro todos estarão com as duas doses da vacina em dia. Com esse avanço da
vacinação entre os profissionais da Educação, as famÃlias podem se sentir mais
à vontade em enviarem seus filhos ao colégio para as aulas presenciais.
Quatro vacinas contra a doença já receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil: CoronaVac, vacina do Butantan produzida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, e os imunizantes das empresas AstraZeneca, Pfizer e Janssen; mas somente as três primeiras estão sendo utilizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, até o momento. Um levantamento de um consórcio de veÃculos de imprensa junto à s secretarias da saúde mostra que até o dia 23/5 haviam sido aplicadas 62,6 milhões de doses nos brasileiros, sendo que a CoronaVac responde por 47,2 milhões delas.
Vale ressaltar que comparar a eficácia das vacinas e tentar eleger a melhor entre elas pode levar a conclusões enganosas. Isso porque os imunizantes foram desenvolvidos a partir de técnicas diferentes e testados em momentos, locais e em populações com nÃvel de exposição ao vÃrus diferentes. Houve rigor cientÃfico em todos os testes e dados que comprovaram segurança e eficácia.
Ainda assim, a variedade de
imunizantes disponÃveis costuma causar dúvidas sobre aplicação, armazenamento,
tecnologia empregada e intervalo entre as doses. Veja abaixo as diferenças
entre as vacinas já aprovadas no paÃs e confira a tabela com os principais
dados.
CoronaVac
A vacina do Butantan utiliza a
tecnologia de vÃrus inativado (morto), uma técnica consolidada há anos e
amplamente estudada. Ao ser injetado no organismo, esse vÃrus não é capaz de
causar doença, mas induz uma resposta imunológica. Os ensaios clÃnicos da
CoronaVac no Brasil foram realizados exclusivamente com profissionais da saúde,
ou seja, pessoas com alta exposição ao vÃrus.
AstraZeneca
Foi desenvolvida pela
farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. No Brasil, é
produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tecnologia empregada é o uso
do chamado vetor viral. O adenovÃrus, que infecta chimpanzés, é manipulado
geneticamente para que seja inserido o gene da proteÃna “Spike†(proteÃna “Sâ€)
do Sars-CoV-2.
Pfizer
O imunizante da farmacêutica
Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech se baseia na tecnologia de RNA
mensageiro, ou mRNA. O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo
para a produção de proteÃnas encontradas na superfÃcie do novo coronavÃrus, que
estimulam a resposta do sistema imune.
Janssen
Do grupo Johnson &
Johnson, a vacina do laboratório Janssen é aplicada em apenas uma dose, mas
ainda não está disponÃvel no Brasil. Assim como o imunizante da Astrazeneca,
também se utiliza da tecnologia de vetor viral, baseado em um tipo especÃfico de
adenovÃrus que foi geneticamente modificado para não se replicar em humanos.
Confira abaixo algumas
comparações entre os quatro tipos de vacina:
CoronaVac
Tecnologia: VÃrus inativado
Eficácia: A eficácia global
pode chegar a 62,3% se o intervalo entre as duas doses for igual ou superior a
21 dias. Nos casos que requerem assistência médica a eficácia pode variar entre
83,7% e 100%
Intervalo entre doses: 14 a 28
dias
Armazenamento: De 2 a 8ºC
Astrazeneca
Tecnologia: Vetor viral
Eficácia: 76% após a primeira
dose e 81% após a segunda
Intervalo entre doses: 12
semanas
Armazenamento: De 2 a 8ºC
Pfizer
Tecnologia: RNA mensageiro
Eficácia: 95% após a segunda
dose
Intervalo entre doses: Até 12
semanas após a primeira dose
Armazenamento: Pode ser armazenada
por até cinco dias em temperaturas de 2 a 8°C; entre -25 e -15ºC por até duas
semanas e entre -90 e -60ºC após este perÃodo
Janssen
Tecnologia: Vetor viral
Eficácia: 66,9% de eficácia
para casos leves e moderados, e 76,7% contra casos graves 14 dias após a
aplicação
Intervalo entre doses: Dose
única
Armazenamento: De 2 a 8ºC
Fonte: Instituto Butantan
Data da publicação: Maio/2021