Dia Nacional da Consciência Negra: por que conscientizar os alunos?

Dia Nacional da Consciência Negra: por que conscientizar os alunos?

  • Colégio Objetivo Nova Odessa
  • 14.NOVEMBRO.2018
  • Escola da Inteligência

O Dia Nacional da Consciência Negra, incentiva, de um lado, a consciência histórica de uma sociedade que vivenciou longamente a escravidão e, de outro, a reflexão sobre o impacto da cultura e da presença do povo africano na formação da cultura brasileira.
Atuar no desenvolvimento da conscientização histórica e social das crianças é uma das responsabilidades das escolas, que pode ser compartilhada com a família.

Nesse cenário, é importante perceber que o trabalho pedagógico sobre o senso ético do indivíduo, assim como a construção de um cidadão antenado e participativo, tem ainda mais chances de ser frutífero por meio de diferentes abordagens sobre datas marcantes ou comemorativas.

Um exemplo interessante é o do Dia Nacional da Consciência Negra, data que incentiva, de um lado, a consciência histórica de uma sociedade que vivenciou longamente a escravidão e, de outro, a reflexão sobre o impacto da cultura e da presença do povo africano na formação da cultura brasileira.

Além de ser um tema histórico complexo e extremamente atual, trata-se também de um assunto pontual para o diálogo com os alunos sobre a conceituação de raça, preconceito e desigualdade. Deseja entender um pouco mais sobre o tema e sobre a importância da conscientização dos alunos?

Então, continue a leitura!

O Dia Nacional da Consciência Negra e sua história
Comemorada em 20 de novembro, a data faz alusão à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, morto em 1695 durante o período colonial (1500 a 1822). .

Zumbi é um dos grandes símbolos nacionais da resistência dos negros. Zumbi nasceu no Quilombo e lutou pela libertação dos escravos, tendo sido responsável por diversas rebeliões.  A abolição oficial da escravatura só se deu cerca de 193 anos após a sua morte, em 13 de maio de 1888.

O dia de sua morte foi relembrado por ativistas do movimento negro por mais de 30 anos, sendo um tema muito debatido durante a década de 1970 e 1980. Porém, a data só foi oficializada em 2011, quando passou a ser celebrada em mais de mil cidades brasileiras.

A importância da conscientização dos alunos e professores
O trabalho de conscientização sobre raças e etnias depende de um olhar cuidadoso do corpo docente. É importante, antes de tudo, que os professores e funcionários da escola estejam devidamente informados sobre a importância do respeito às diferenças e a aceitação da diversidade. Afinal, o Brasil foi o país que mais recebeu escravos no mundo e foi também o último a abolir a escravidão, e esses dois dados históricos contribuem para configuração socioeconômica e cultural atual de nosso país e ajudam a explicar os processos de discriminação e marginalização de grande parte de nossa população.

A reflexão cuidadosa sobre valores humanos e sociais em sala de aula pode ser muito impactante e significativa. Todos sabemos que os professores são importantes referências para os alunos e a maneira respeitosa como abordam um tema, inclusive por meio de uma linguagem mais amigável e acessível, é fundamental para o entendimento e assimilação de conhecimentos pelas crianças e jovens.

Existem muitas propostas interessantes para que essa abordagem seja realizada com adequação, dependendo da idade e do nível de compreensão da turma. A música, a gastronomia, a moda e a beleza negra são aspectos relevantes e visíveis da cultura negra que podem servir de ponto de partida e favorecer o processo.

Há ainda pinturas, livros, filmes, peças teatrais, ilustrações entre outras produções culturais que ajudam a compreender aspectos sociais, econômicos, políticos e religiosos. São diversas as estratégias e os recursos disponíveis para que os professores tragam o tema para escola e promovam uma reflexão assertiva sobre a presença e a inserção do negro na sociedade atual.

É interessante observar que essa abordagem pautada em fontes históricas permite que eles desenvolvam um olhar crítico e autônomo sobre diversos acontecimentos sociais e que se posicionem como cidadãos do mundo diante das diferenças e dos privilégios sociais.

Confrontar atitudes racistas e preconceituosas a partir da informação, do conhecimento e do diálogo deixou de ser um “tabu” nas escolas e passou a ser um tópico extremamente importante para a construção de um pensamento social, em que as diferenças são respeitadas.

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Fonte: Blog da Escola da Inteligência

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